Um passeio pela Pena Ventosa, o morro da Sé do Porto

Embarque num passeio fascinante pela envolvente da Sé do Porto. Descubra a intrigante transformação do terreiro da Sé, admire as várias fachadas do Paço Episcopal, calcorreie as ruelas e calçadas do morro da Pena Ventosa, habitado há mais de 2500 anos. Acompanhe histórias cativantes sobre a Casa do Cabido, a Torre de Pedro Pitões, a igreja dos Grilos e a emblemática estátua "O Porto". Mergulhe na rica história de edifícios e monumentos que testemunharam séculos de evolução e cultura. Prepare-se para viajar no tempo e ser surpreendido(a) a cada esquina por este tesouro arquitetónico e histórico da cidade do Porto, Património da Humanidade!

Manuel de Sousa

Caro(a) leitor(a), prepare-se para descobrir a antiga Cerca Velha do Porto e explorar a rica história dos arruamentos e monumentos da área envolvente. Já falámos aqui das muralhas primitivas do Porto, lembra-se? Pois bem, hoje vamos fazer um passeio em torno da Sé, começando no amplo terreiro à sua frente, no alto do morro da Pena Ventosa, a uns 80 metros de altitude.

Demolições do casario existente para alargamento do terreiro da Sé, c. 1938 [Platão Mendes | Porto Desaparecido]

O terreiro da Sé só adquiriu o aspeto que hoje tem em 1940, quando foi demolido o casario medieval que aqui se localizava, ampliando grandemente o pequeno terreiro que então existia. No centro, vai reparar num pelourinho em forma de coluna salomónica. Apesar da aparência antiga, trata-se de um mero ornamento, feito pela Cooperativa dos Pedreiros e aqui colocado em 1945.

Sé do Porto

A Sé do Porto, onde – como sabemos – o rei D. João I contraiu matrimónio com D. Filipa de Lencastre, começou a ser construída no século XII, no estilo românico. Claro que, como é próprio das grandes catedrais, foi modificada ao longo dos séculos. As linhas gerais da fachada com as duas torres e a rosácea, para além do corpo da igreja de três naves coberto por abóbada de canhão são, de facto, da época românica. Já na época gótica, construiu-se a capela funerária de João Gordo e o claustro. Nicolau Nasoni (1691-1773), talvez o arquiteto mais famoso do Porto, adicionou a galilé barroca à fachada lateral da Sé e fez acrescentos à fachada principal. No século XX, mais concretamente entre 1929 e 1940, a então Direção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais levou a cabo profundas obras no edifício da Sé – no exterior, mas também, e principalmente, no seu interior – com o objetivo de lhe devolver aquilo que se acreditava ter sido a sua traça primitiva, retirando-lhe a maioria dos contributos do período barroco.

Mesmo ao lado da Sé, temos a Casa do Cabido, um edifício barroco de três pisos, construído entre 1717 e 1722. Atualmente, abriga o Tesouro da Sé no segundo piso, e no andar superior, está a sala capitular, com teto de masseira em caixotões pintado por Giovanni Battista Pachini.

Paço Episcopal e pelourinho, no recém-aberto terreiro da Sé, 1945 [Guilherme Bonfim Barreiros | Porto Desaparecido]

E, logo a seguir, vemos o Paço Episcopal, edifício também barroco, erguido no lugar do antigo paço medieval. Nicolau Nasoni deixou aqui a sua marca, projetando três fachadas distintas. O edifício sofreu estragos sérios aquando do Cerco do Porto (1832-1833) e, com a implantação da República, passou para as mãos do Estado. Sabia que a Câmara Municipal do Porto funcionou aqui entre 1916 e 1957? Já falaremos sobre isso.

Em frente à fachada da Sé, deparamo-nos com uma lápide que nos lembra o papel crucial que o Porto desempenhou na conquista de Lisboa aos mouros, em 1147. Na época, aportou ao Porto uma grande frota oriunda do Norte da Europa e que integrava a Segunda Cruzada. O bispo do Porto, Pedro Pitões, recebeu os cruzados ingleses, alemães e nórdicos e, no adro da Sé, fez-lhes um emocionante discurso que os convenceu a ajudar D. Afonso Henriques a conquistar Lisboa.

Caminhando em direção à galilé da Sé, encontramos, à nossa direita, um nicho com uma escultura de São João Nepomuceno (1345-1393). Sabia que este é um dos santos mais importantes da Chéquia? Verdade! Por ordem real, foi atirado da ponte Carlos, em Praga, e morreu afogado no rio Moldava para proteger o segredo da confissão. É, também, o patrono contra as calúnias.

Uma estátua chamada "O Porto"

À nossa esquerda, a antiga Casa da Câmara, ou Casa dos 24. O edifício original datava do século XV, mas já havia ruído completamente quando, em 2002, foi reconstruído pelo arquiteto Fernando Távora (1923-2005). Voltado para esta construção encontramos a estátua de um velho guerreiro, com um dragão por cima do capacete. É “O Porto”.

Esta estátua tem uma história muito atribulada que, estimado(a) leitor(a), não resisto a contar-lhe, mesmo que de forma sucinta.

Pois bem, estávamos em 1819, quando a edilidade portuense resolveu assentar arraiais na, então, praça Nova (hoje praça da Liberdade), comprando um palacete setecentista à família Monteiro Moreira. Para dar maior dignidade ao edifício, foi erguido um frontão com as armas da cidade que foi rematado pela estátua de um guerreiro, a que foi dado o nome de "O Porto".

Início dos trabalhos de demolição dos Paços do Concelho para rasgar a futura avenida dos Aliados, com a estátua "O Porto" ainda no topo do frontão, 1916 [Alberto Marçal Brandão | Porto Desaparecido]

Quase 100 anos depois, em 1916, quando, para a abertura da avenida dos Aliados, se demoliram estes Paços do Concelho, a estátua seguiu para junto do Paço Episcopal onde, como já vimos, se instalou a Câmara do Porto. A permanência dos serviços camarários no palácio do bispo era para ser rápida, mas acabou por se arrastar por quarto décadas...

Entretanto, no topo da nova avenida dos Aliados, foram construídos os novos Paços do Concelho para onde a vereação regressou finalmente em 1957. Problema: deslumbrados com as novas instalações, ninguém se lembrara de prever um espaço próprio para a velha estátua. Já não havia, agora, lugar para "O Porto" que teve de se tornar nómada, deambulando pela sua cidade... A estátua esteve nas portas do Sol e não sei mais onde, acabando nos jardins do Palácio de Cristal, junto a outros elementos arquitetónicos da antiga câmara que aí repousam. 

Até que o arquiteto Távora a foi buscar para a sua reconstrução da antiga Casa da Câmara, junto à Sé. Mas, sendo arquiteto, usou a velha estátua oitocentista – cheia de simbolismo – como um mero adereço. Pelos menos, foi isso que me pareceu...

Não quero que o(a) amigo(a) leitor(a) pense que tenho alguma coisa contra os arquitetos. Nada disso. Tenho vários familiares e amigos arquitetos. Eu próprio, quando era adolescente, pensei seriamente em seguir arquitetura. Mas acho que, amiúde, alguns arquitetos têm uma visão demasiado utilitária dos edifícios, dos monumentos, das estátuas, não tendo grande pejo em romper, às vezes violentamente, com antigos hábitos e usos dos utentes da cidade.

Távora resolveu colocar “O Porto” num local onde a estátua só podia ser devidamente contemplada por quem estivesse no interior da antiga Casa da Câmara. Daí teria, na verdade, um bonito enquadramento, um autêntico bilhete-postal da cidade antiga, com a velha estátua à esquerda.

No entanto, o edifício reconstruído da antiga Casa da Câmara apresentou sempre muitos problemas. Diz quem teve de trabalhar lá dentro que, no inverno, o edifício é insuportavelmente frio e que, em dias de chuva, a água escorre pelas paredes interiores. Por isso, acabou por fechar portas e assim ficou durante mais de uma década.

Mas "O Porto" ficou por lá. “De castigo”, como se dizia, porque estava voltado para a parede do edifício e de costas para a cidade.

Até que o então presidente da Câmara, Rui Rio, resolveu resgatá-lo e colocá-lo no centro da cidade, numa esquina da praça da Liberdade, próximo do local onde esteve originalmente. Foi nesse local que “O Porto” se tornou conhecido de todos, tanto do grande público portuense, como dos turistas. Tanto mais que houve o cuidado de, no pedestal da estátua, colocar uma placa explicativa, com um desenho em relevo dos antigos Paços do Concelho, indicando a implantação original da peça escultórica. Basta procurar por “estatua o porto” no Google Imagens para ver que praticamente todas as fotos que circulam por aí dizem respeito ao período em que a escultura esteve ao lado do Banco de Portugal.

Depois vieram as “eternas” obras da linha rosa do Metro do Porto que esventraram completamente a praça da Liberdade (e outros locais centrais) e “O Porto” teve de ser recolhido e colocado num depósito camarário.

E chegou 2023 e a comemoração dos 100 anos do nascimento do arquiteto Távora. A vereação atual aproveitou a efeméride para limpar as teias de aranha do edifício da antiga Câmara, dar-lhe uma polidela e reabri-lo com a exposição “A urgência da cidade: o Porto e 100 anos de Fernando Távora”.

E deve ter sido nesse momento que alguém se lembrou que bonito, bonito era fazer regressar “O Porto” ao local onde Távora o tinha posto “de castigo”. Obviamente, que a operação – muitíssimo questionável, na minha opinião – foi apresentada como sendo “um regresso a casa” da estátua, um resgate deste tesouro das reservas municipais para onde tinha sido votada, etc., etc. E como a população é, por regra, indiferente a quase tudo o que não a incomodar diretamente, nem uma só voz se levantou com a mais leve objeção ao que foi feito.

Mas, quanto a mim, esta foi uma opção errada. Visto que “O Porto” representa a cidade, ele deveria estar sempre onde está a Câmara do Porto. Nos atuais Paços do Conselho deveria ser encontrado um local – dentro do edifício ou nas proximidades – onde a estátua do velho guerreiro pudesse marcar presença. Sou de opinião que, sempre que a edilidade mudasse de poiso, a estátua deveria acompanhá-la. Se, um dia, por qualquer razão, a Câmara do Porto se mudasse para Marte, “O Porto” deveria ir junto. Qualquer outro local que não a própria sede de edilidade será sempre visto como provisório e suscetível de nova mudança.

Vista da fachada norte da Sé para o morro da Vitória, 2021 [Manuel de Sousa]

Bom, seguimos caminho, e, imediatamente, somos deslumbrados por uma vista arrebatadora sobre grande parte do vale do antigo rio da Vila, agora encanado, e do morro da Vitória. Mesmo ao lado, a estátua equestre de Vímara Peres (c. 820-873). Nascido na Galiza e vassalo de Afonso III das Astúrias, este chefe militar foi responsável pela presúria de Portucale, conquistando definitivamente este território aos muçulmanos no ano de 868. A estátua é obra de 1968 do escultor Salvador Barata Feyo (1899-1990).

Em frente, ao lado da galilé da Sé, temos o chafariz de São Miguel, do século XVIII, também atribuído a Nasoni. Repare no baixo-relevo de mármore de São Miguel a pisar o demónio e, no topo, a escultura do anjo São Miguel, esculpida em pedra de Ançã.

Ao lado, encontramos a antiga Casa do Despacho da Sé, agora Museu do Vitral, e o beco dos Redemoinhos, onde fica uma casa do século XIV, um raro exemplo de influência flamenga. O beco – atualmente fechado com uma porta de ferro – ficou sem saída quando, no século XVII, se decidiu ampliar a capela-mor da Sé.

Regressamos à rua de D. Hugo, ao local aproximado onde terá existido a porta de Vandoma, uma das quatro portas da muralha primitiva, ou cerca velha, do Porto. Ali bem próximo, foi reconstruído um pequeno cubelo destas antigas muralhas.

Rua de D. Hugo

Continuamos pela rua de D. Hugo, local de residência de cónegos, nobres e burgueses abastados. Logo à direita, somos surpreendidos por uma série de fachadas oitocentistas. Do outro lado da rua, no número 5, a casa onde – nas décadas de 1980 e 1990 – se realizaram as primeiras escavações que provaram a ocupação do morro da Pena Ventosa há mais de 2500 anos.

Rua de D. Hugo, 1966 [SIPA | Porto Desaparecido]

As traseiras das casas do lado esquerdo da rua confinam com o lado interior da Cerca Velha. No número 13, uma casa do século XVI com um belo portal de granito. Do outro lado da rua, a Casa-Museu de Guerra Junqueiro, um edifício do século XVIII, também atribuído a Nasoni, agora repleto de tesouros do escritor. Ao lado, o paredão do claustro velho da Sé.

Continuando pela rua de D. Hugo, encontramos a capela de Nossa Senhora das Verdades e, logo ao lado, um arco do aqueduto do século XVI que conduzia a água desde as Fontainhas até ao colégio de São Lourenço, ou dos Grilos, de que falaremos já a seguir. Por aqui havia outra porta da Cerca Velha, a porta de Nossa Senhora da Verdades. Alguns tomam o arco do aqueduto pela porta. Mas a verdade é que são coisas diferentes.

Regressando à rua de D. Hugo, impressiona a grandiosidade do Paço Episcopal. Com sete pisos, a fachada para sul é simplesmente majestosa.

Continuando o nosso passeio, chegamos ao largo Dr. Pedro Vitorino, onde existiu um açougue – i.e., matadouro – desde o século XIII até 1851. Aqui encontramos agora o chafariz de São Sebastião, inicialmente na rua Escura, e transferido para aqui na década de 1940.

À direita, a chamada Torre da Cidade ou Torre de Pedro Pitões. Durante séculos, a Torre de Pedro Pitões permaneceu oculta entre o casario existente no local onde atualmente se abre o Terreiro da Sé. Durante a década de 1940, quando se procedeu à demolição dos antigos quarteirões em volta da Sé, pôs-se a descoberto esta torre medieval. Dado tratar-se de um exemplar típico das casas-torre medievais, foi decidido preservá-la, sendo o edifício reconstruído sob a orientação do arquiteto Rogério de Azevedo (1898-1983). O prédio começou por albergar o Gabinete de História da Câmara do Porto, acolhendo atualmente um posto de informação turística.

Rua de São Sebastião, 51-55, 1967 [SIPA | Porto Desaparecido]

Seguindo pela rua de São Sebastião, chegamos ao número 51-55, onde foram gravadas cenas do filme A costureirinha da Sé de 1958. Logo viramos à esquerda para a rua da Pena Ventosa, com suas casas do século XV. No número 38 funcionaram os antigos açougues do povo. Continuamos a descer até ao largo da Pena Ventosa, cujo centro, em tempos, se encontrava um forno. As paredes traseiras das casas que se apresentam à nossa direita, tanto da rua da Pena Ventosa como do largo homónimo, têm os seus alicerces na Cerca Velha.

Igreja dos Grilos

Viramos à esquerda, para a travessa da Pena Ventosa, onde nos números 8, 10 e 12, encontramos uma casa do século XVI. E chegamos ao largo do Colégio, onde se impõe a presença imponente da igreja de São Lourenço, popularmente conhecida pela igreja dos Grilos. Foi construída pelos jesuítas em 1577, apesar da forte oposição da Câmara do Porto e da população, preocupados que o colégio que os religiosos aí pretendiam criar atraísse nobres à cidade. É que, como sabemos, a cidade do Porto gozava de uma rara prorrogativa que impedia a fixação de membros da nobreza no seu território.

Mais tarde, com a expulsão dos jesuítas em 1759, a igreja albergou os frades descalços de Santo Agostinho, conhecidos como grilos. Durante o Cerco do Porto (1832-1833), o convento foi ocupado pelo conhecido Batalhão Académico das tropas liberais, do qual fazia parte o escritor Almeida Garrett.

Seguimos pela rua de Santana e pelo local da antiga porta de Santana, demolida em 1821. A partir deste momento, estamos do lado de fora do perímetro amuralhado primitivamente. Viramos à direita, para a rua da Bainharia. Faz a ligação da Sé com a Ribeira. É calcetada desde Idade Média, contornando a Cerca Velha, sempre pelo lado de fora. Foi conhecida como Rua dos Ferrariis ou das Ferrarias. O seu nome atual deve-se a presença de lojas de bainheiros, os artesãos responsáveis pelas bainhas das espadas.

Mais à frente, fazemos um pequeno desvio até aos números 52 e 54 da rua da Ponte Nova, onde uma placa nos informa ser este o local no nascimento de António Carvalho da Silva (1850-1893), pintor romântico que, para homenagear a sua cidade natal, adotou o nome artístico de Silva Porto. O arruamento chama-se Ponte Nova, mas porquê, se por aqui não há pontes à vista? Na verdade, onde agora está a rua de Mouzinho da Silveira, até aos finais do século XIX, corria a céu aberto o célebre rio da Vila. Para passar o ribeiro e ligar a Bainharia à rua das Flores foram erguidas diversas pontes provisórias de madeira, até que, na segunda metade do século XVI, se construiu uma ponte de pedra: a ponte nova! Acabou por ser destruída aquando da construção da rua do Mouzinho.

Cruz do Souto, cruzamento das ruas da Bainharia (à esquerda), Escura (em primeiro plano), dos Pelames (à direita) e do Souto (em frente), destacando-se o oratório do Senhor dos Aflitos, c.1900 [Foto Guedes | Porto Desaparecido]

Cruz do Souto

Regressamos à Bainharia e continuando até à Cruz do Souto, um importante nó viário do burgo antigo, viramos à direita para a rua Escura. Aqui viveu Camilo Castelo Branco (1825-1890) – “no bairro mais pobre e lamacento do Porto”, escreveu – quando, em 1843, se instalou no Porto pela primeira vez e se matriculou na Academia Politécnica e na Escola Médico-Cirúrgica.

No século XV, a rua Escura foi designada por rua Nova e, depois, rua do Ferro, pelo recolhimento de Nossa Senhora do Ferro que mais tarde foi transferido para o Codeçal. Aqui existiu, também, um cárcere da inquisição. Passamos ao lado da localização da antiga porta de São Sebastião, padroeiro contra as epidemias, uma das mais movimentadas da cidade e que ligava à Ribeira. Foi demolida em 1819.

Ao nosso lado direito, a capela do Senhor dos Passos ou oratório de São Sebastião. Fazia parte de um conjunto de Passos da Via Sacra no percurso da Procissão do Senhor dos Passos dos frades grilos.

Rua e fonte de São Sebastião, c.1900 [Foto Guedes | Porto Desaparecido]

Continuamos em frente umas duas dezenas de metros, passando por baixo da rua de Tareija Vaz de Altaro – cujo nome presta homenagem ao hospital-albergaria medieval localizado nas imediações, que recolhia e tratava mulheres pobres  e chegamos ao cimo da avenida de D. Afonso Henriques. Terminamos aqui o nosso passeio em torno da Sé do Porto. Espero que tenha gostado. Até à próxima, caro(a) leitor(a)!

Gostou deste artigo? Então, leia também:

Para saber mais:

  • AFONSO, D.B.B. (2012). A rua na construção da forma urbana medieval: Porto, 1386-1521. Porto: FLUP [disponível online].
  • BARBOSA, J.P. (2018). Património Desaparecido: Rede de Percursos e reconhecimento da Muralha Fernandina do Porto. Porto: FAUP [disponível online].
  • CARVALHO, T.P.; GUIMARÃES, C.; BARROCA, M.J. (1996). Bairro da Sé do Porto: Contributo para a sua caracterização histórica. Porto: Câmara Municipal do Porto. 
  • MARÇAL, H. (2012). Tipologias de ocupação da Rua D. Hugo (Morro da Sé, Porto). Oppidum, ano 7, n.º 6, pp. 77-88 [disponível online].
  • OLIVEIRA, R.E.S. (2013). Duas muralhas, duas cidades: A história militar do Porto medieval. Porto: FLUP [disponível online].
  • SILVA, A.C. (2001). Origens do Porto. História do Porto, Porto: Porto Editora, pp. 46-117.
  • SILVA, A.M. (2010). As muralhas romanas do Porto: Um balanço arqueológico. Portvgalia: Revista de Arqueologia do Departamento de Ciências e Técnicas do Património da FLUP, n.º 31-32, pp. 43–64 [disponível online].
  • SILVA, A. M. (2010) Ocupação romana da cidade do Porto: Ponto de situação e perspectivas de pesquisa. Gallaecia, n.º 29, pp. 213-262 [disponível online].
  • SOUSA, M. (2017). Porto d'honra: Histórias, segredos e curiosidade da Invicta ao longo dos tempos. Lisboa: A Esfera dos Livros [compre online].

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