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Ponte Luís I: história de uma obra única

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Com dois tabuleiros, distanciados entre si cerca de cinquenta metros, a ponte Luís I é uma obra única no mundo. Exemplar excecional do património industrial e da arquitetura do ferro dos finais do século XIX, a ponte Luís I marca fortemente a paisagem ribeirinha do Porto e Gaia, estando classificada como Património da Humanidade pela Unesco. Venha conhecer a história desta ponte emblemática. Manuel de Sousa Ponte pênsil ao lado da ponte Luís I, quando se terminavam os acessos ao tabuleiro inferior. Impressiona a enorme diferença de escala entre as duas pontes; foto de c.1887 [George Tait | Porto Desaparecido ]. Começamos a nossa história no dia 1 de maio de 1878, no Campo de Marte, em Paris. Neste local, onde, dez anos mais tarde, o eng.º Gustave Eiffel iria erguer a sua famosa torre, abriu a Exposição Universal de 1878. No pavilhão da sua empresa, Eiffel expôs a maqueta da recém-inaugurada ponte Maria Pia e, ao lado, um desenho intitulado Pont-route projeté pour le port de Porto, ave...

O desejo num elétrico chamado 7

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A música Pica do 7 veio despertar no grande público português a curiosidade em relação a uma linha de elétrico que ligava o centro do Porto à Ponte da Pedra. Na verdade, ao longo de grande parte do século XX, o 7 foi responsável pelo desenvolvimento e integração na cidade de um importante eixo que incluía Arca d'Água, Amial e São Mamede de Infesta. Venha saber mais! Manuel de Sousa O 7 no seu término, na Ponte da Pedra, vendo-se o pica a colocar o trólei na posição para regressar ao Porto, enquanto os passageiros aguardam, em plena estrada; foto de 1974 [ Porto Desaparecido ] Nada me dá a pica que o pica do 7 me dá Todos conhecem a música Pica do 7 , cantada por António Zambujo, com letra do maiato Miguel Araújo. Pois bem, neste artiguinho vamo-nos debruçar sobre esta linha de elétrico que, na verdade, eram três: o 7, propriamente dito; o 7\ (lê-se sete com traço ); e o 7\\ (lê-se sete com dois traços ), sendo os últimos desdobramentos do primeiro. Nesses tempos, no carro elétrico...

Carros elétricos, troleicarros e autocarros do Porto

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Em 1895, o Porto foi a primeira cidade da Península Ibérica a ter uma linha de transportes públicos movida a eletricidade. Muitas outras linhas se seguiram, atingindo o auge em 1950, com 150 quilómetros de trilhos. Entretanto, foram surgindo o autocarro e o troleicarro que, aos poucos, foram substituindo o elétrico. Venha conhecer melhor a história dos transportes públicos do Porto! Manuel de Sousa Como  vimos anteriormente , em 1872, a Companhia Carril Americano do Porto criou a primeira rede de carruagens puxadas por mulas e circulando sobre carris – os comummente chamados  americanos . Dado o sucesso do novo meio de transporte, dois anos depois surgiu uma empresa concorrente, a  Companhia Carris de Ferro do Porto  que foi ganhando, o que hoje chamaríamos, quota de mercado até que, em 1893, adquiriu a sua grande concorrente. Durante alguns anos, ainda subsistiram meios de transportes concorrentes  –  caso dos célebres carros Ripert  –,  mas a C...

Andar à guna pelas ruas do Porto

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Algumas décadas atrás, era muito comum ver crianças penduradas no exterior de elétricos, tróleis e autocarros, perante a indiferença geral de passageiros e transeuntes. "Andar à guna" – era como os portuenses designavam este quase desporto radical , no qual as crianças arriscavam-se a dar quedas violentas com consequências imprevisíveis. Mas, para os jovens, isto tinha tanto de arriscado como de excitante! O(A) caro(a) leitor(a) também chegou a andar à guna?   Manuel de Sousa Elétrico para Águas Santas, manifestamente sobrelotado, 1912 [ Porto Desaparecido ] O fenómeno é antigo. Num tempo em que os transportes públicos eram notoriamente insuficientes para a procura que tinham, viajar pendurado do lado de fora do veículo, em equilíbrio precário, não era assim tão raro. Autocarros de dois pisos Leyland Atlantean, na rua de Sá da Bandeira, c.1978 [tramsinportugal.blogspot.pt | Porto Desaparecido ] É claro que , a maioria das vezes,  as crianças viajavam de lado de fora, não ...