Tragédia da ponte das barcas

Todos os portuenses conhecem as Alminhas da Ponte, na Ribeira, e já ouviram falar da Tragédia da Ponte das Barcas, ocorrida a 29 de março de 1809 e considerada um dos episódios mais marcantes de toda a história do Porto. Mas, afinal, porque se deu esta tragédia? Que aconteceu à ponte da barcas? Ao certo, quantas pessoas morreram? Venha conhecer as respostas a estas e outras questões!

Manuel de Sousa

Alminhas da Ponte, baixo-relevo em bronze, do escultor Teixeira Lopes, pai [Dafema | Wikimedia Commons]

Comecemos no início do século XIX. A corte portuguesa vivia uma situação atípica. Devido à sua doença mental, a rainha D. Maria I foi declarada incapaz de governar, tendo o seu filho mais velho, D. João, assumido a regência. Os ventos de mudança que varriam a Europa ainda não tinham chegado a Portugal, que vivia numa bonomia, perpetuando as velhas tradições da monarquia absolutista. Mas, em 1801, Espanha e França invadiram Portugal, num conflito breve, conhecido como a Guerra das Laranjas, onde se perdeu Olivença. Isto seria apenas um primeiro prenúncio de algo muito mais grave que estava para vir...

Em 1806, Napoleão Bonaparte decretou o Bloqueio Continental, ou seja, todos os países deveriam fechar os seus portos ao comércio com a Inglaterra. Portugal, tradicional aliado dos britânicos, demorou a acatar as ordens napoleónicas, tentando negociar uma neutralidade. Enquanto isso, no palácio de Fontainebleau, próximo de Paris, Napoleão reuniu-se com o ministro espanhol Manuel de Godoy, firmando, a 27 de outubro de 1807, um tratado secreto que dividia Portugal entre os dois países: o Entre Douro e Minho constituiria o reino da Lusitânia Setentrional e seria entregue à filha de Carlos IV de Espanha; Algarve e Alentejo formariam o principado dos Algarves que seria governado por Manuel de Godoy; as províncias de Trás-os-Montes, Beira e Estremadura ficariam para Napoleão. O destino de Portugal estava traçado!

A ver navios...

Acordada a repartição do território entre franceses e espanhóis, em 1807, Napoleão ordenou ao general Jean-Andoche Junot que invadisse Portugal. Confiou-lhe dois objetivos: aprisionar a família real portuguesa e apoderar-se dos navios fundeados no Tejo. Mas Junot não conseguiu nem um nem outro.

Nas vésperas da chegada das tropas francesas à capital, com o auxílio britânico, uma grande esquadra transportou a família real e os principais dignitários do reino para o Brasil. O regente deixou ordens para que não se hostilizasse o invasor. Diz-se que, impotente, Junot ainda chegou a contemplar os últimos navios da esquadra a saírem da barra. Ou seja, ficou, literalmente, a ver navios...

Na verdade, Junot acabara de testemunhar o que ninguém achava que pudesse acontecer. Nunca antes, nem depois, uma família real europeia se transferiu para outro continente, continuando a gerir os seus domínios. Na prática, o Rio de Janeiro substituiu Lisboa como capital do império português, mas a administração continuou a funcionar.

Estabelecido o poder napoleónico em Lisboa, os restantes pontos do território continental foram também ocupados por tropas francesas e espanholas. Para o Porto foi destacado o general francês François Jean Baptiste Quesnel e uma guarnição espanhola, vinda de Vigo. Senado e Câmara do Porto receberam o general, seguindo as ordens da regência para não hostilizar o invasor.

Entretanto, eclodiu uma revolta em Espanha que pôs fim à sua colaboração com a França. Antes de se retirar do Porto, a guarnição espanhola prendeu Quesnel. O povo do Porto levantou-se contra os ocupantes, sendo içada a bandeira nacional no forte de São João da Foz. Por todo o Norte, eclodiram revoltas contra os franceses.

A 1 de agosto de 1808, tropas inglesas desembarcam na foz do rio Mondego. Tendo saído  vencedoras nas batalhas da Roliça (dia 17) e do Vimeiro (dia 21), os ingleses forçaram os franceses a assinar um armistício. No entanto, a paz foi-lhes muito favorável, já que permitiu aos franceses retirarem-se em navios ingleses, levando consigo todos os saques feitos durante a ocupação do país. Portugal nem sequer foi envolvido nas negociações!

Segunda invasão

Poucos meses depois, Napoleão ordenou nova invasão de Portugal, desta feita a cargo do marechal Nicolas Jean-de-Dieu Soult que, entrando pela Galiza, deveria tomar o Porto e depois continuar para Lisboa. Estávamos perante um militar brilhante, o duque da Dalmácia, que foi promovido a marechal com apenas 35 anos de idade. Tinha 40 aquando da invasão de Portugal e trouxe consigo a nata da Grande Armée.

Soult entrou por Chaves a 12 de março de 1809. Conquistando Braga oito dias depois, posiciona-se às portas do Porto, em São Mamede, a 27 do mesmo mês. À frente das tropas francesas fugia muita população. Habitantes de Braga, Famalicão e de outras povoações procuraram refúgio no Porto, acreditando estarem aqui mais seguras.

Marechal Nicolas Soult na batalha do Porto, de Joseph Beaume; quadro de 1840-43 [Wikimedia Commons]

A defesa militar da cidade foi confiada ao bispo do Porto, D. António de São José e Castro, que, à pressa, mandou erguer uma linha defensiva com paliçadas e algumas peças de artilharia.

Estávamos em plena Semana Santa, mas, por esses dias, reinava o pânico e a desordem na cidade. Grupos de homens armados de chuços e varapaus percorriam as ruas. À mínima suspeita de colaboracionismo, qualquer pessoa podia ser acusada de jacobismo e ser sumariamente executada. Na Cordoaria, foi mesmo montado um tribunal popular revolucionário. O tenente-coronel João da Cunha Araújo, da família Portocarrero, do palácio das Sereias, foi executado. A mesma sorte teve o governador das Justiças Manuel de Moura que viu a sua casa invadida, na rua de Cedofeita. Apesar de doente, foi levado até à Cadeia da Relação, onde foi assassinado. O governador das Armas, brigadeiro Luís de Oliveira e Costa, foi também morto e o seu corpo arrastado pelas ruas da cidade, atravessando mesmo a ponte das barcas para o lado de Vila Nova, onde foi lançado ao rio. Treze prisioneiros de guerra franceses, que aguardavam na Cadeia da Relação o embarque em navios ingleses, foram arrastados para o terreiro em frente e mortos à paulada pela turba enfurecida.

Entretanto, tendo montado acampamento em São Mamede, Soult rapidamente se apercebeu da fragilidade das defesas da cidade. No dia 28 de março de 1809, endereçou uma carta ao bispo do Porto, pedindo que não fosse oferecida resistência, já que as suas intenções eram boas e apenas pretendia livrar o país dos ingleses. Soult anunciava também que, não obtendo resposta, na manhã seguinte (dia 29 de março), pelas seis horas, iria invadir a cidade. Foi essa a hora escolhida pelo bispo para atravessar a ponte das barcas e se fixar na Serra do Pilar, para onde levou também algumas peças de artilharia.

Nas igrejas, os sinos tocavam a rebate. Pela rua ecoavam as preces desesperadas dos fiéis e os sermões apocalípticos dos frades. O céu ficou carregado ao anoitecer e choveu durante toda a noite. 

Às sete horas da manhã do dia 29 de março de 1809, Quarta-Feira de Trevas, a promessa de Soult cumpriu-se. O primeiro ponto do perímetro defensivo a ceder foi a Prelada e por aí entrou a cavalaria francesa. Deu-se a debandada geral. Em poucas horas, Soult tinha o Porto a seus pés.

Ponte das barcas

Ao longo da história, é possível que tenha havido várias pontes de barcas sobre o rio Douro, nomeadamente durante a ocupação romana. Através de Fernão Lopes, ficamos a saber que, em 1369, o rei D. Fernando mandou construir uma ponte das barcas para fazer passar rapidamente as suas tropas para atacar Henrique II de Castela que cercava Guimarães. Diz o cronista que na ponte podiam caminhar seis homens a cavalo, lado a lado.

Mas a ponte das barcas que passou à história foi construída em 1806, por Carlos Amarante. Tinha 120 metros de extensão, vinte barcas ancoradas ao fundo e amarradas entre si por correntes de ferro, com um estrado de madeira por cima. Podia ser aberta, a meio, para dar passagem a navios e era desmontada por ocasião das cheias.

A sua transposição estava sujeita a portagem. Tal como nas autoestradas de hoje o valor cobrado depende da classe de veículo, também na época os preços variavam. Uma pessoa a pé pagava 5 réis, a cavalo 20 réis, carro de bois: 40 réis, cadeirinha: 60 réis, liteira: 120 réis, sege de duas rodas: 160 réis, sege de quatro rodas: 200 réis. Depois do pôr-do-sol todos os preços duplicavam.

Oporto with the Bridge of Boats, de Henry Smith; pintura de 1813 [British Museum]

Bom, como vimos, ao início da manhã da Quarta-Feira de Trevas, dia 29 de março de 1809,  o exército francês irrompeu pela cidade, vindo de norte. O bispo foi o primeiro a atravessar a ponte e a instalar-se na Serra do Pilar. Mas, nas horas que se seguiram, um número sempre crescente de portuenses foi chegando à Ribeira, fugindo à frente dos invasores franceses. 

Muitas pessoas tentaram atravessar o rio de barco. Uma delas foi Luísa Todi, já viúva. Após ter colocado os seus filhos numa pequena embarcação, precipitou-se e acabou por cair ao rio, perdendo grande parte das suas joias. Lutando pela sobrevivência, conseguiu agarrar-se a um remo, e ser puxada para dentro do barco. Mas as tropas francesas acabaram por capturá-la e aos seus filhos. Levados à presença de Soult, quando este se apercebeu que estava perante a célebre cantora lírica, imediatamente ordenou que ela e os seus filhos fossem levados a casa em segurança.

No entanto, como é evidente, nem todos os portuenses beneficiaram deste amabilíssimo tratamento VIP! Para aumentar a confusão, do topo da Serra do Pilar, as tropas do bispo disparam tiros de artilharia para a Ribeira, na vã expectativa de travar o avanço francês. A multidão que não conseguiu entrar em barcos, foi-se afunilando na ponte das barcas de forma desordenada e em pânico, dando-se a tragédia. Mas que aconteceu exatamente?

Monumento aos Heróis da Guerra Peninsular, na rotunda da Boavista [Vítor Oliveira | Wikimedia Commons]

Há duas teorias prevalecentes. Uns dizem que, com o peso das pessoas, a ponte pura e simplesmente cedeu, arrastando consigo todas as pessoas que a tentavam atravessar. Outros autores, como Luz Soriano e Pedro Vitorino, advogam que, na sua retirada para Gaia, o bispo terá mandado abrir os alçapões centrais da ponte, para impedir o avanço francês. Chegadas a esse ponto, as pessoas da frente não puderam recuar, sendo empurradas para o precipício pela força das que vinham atrás...

No entanto, em 1955, Magalhães Basto, com base nas memórias do general Brun, ajudante de campo de Soult, que só foram publicadas em 1953, avançou uma terceira possibilidade, porventura mais plausível e que é a seguinte: sob o peso dos fugitivos, duas das barcas submergiram dois a três metros, continuando, no entanto, presas pelos cabos à restante estrutura da ponte. Foi nesse local que se afogaram as pessoas. Mais, citando Brun, refere que, para calar a artilharia da Serra, um grupo de soldados franceses atravessou a ponte, apoiando os pés nas cabeças e ombros dos que, desesperadamente, lutavam pela sobrevivência. Isto, de alguma forma, corrobora as palavras de José Acúrcio das Neves que, em 1809, escreveu: "Entulhou-se de cadáveres e sobre os cadáveres passou o inimigo a apoderar-se da margem esquerda do Douro e de todas as obras de fortificação adjacentes".

As vítimas da tragédia

E quantas pessoas terão perecido neste desastre? Aqui, as divergências são ainda maiores... 

João António Monteiro de Azevedo, autor da Descrição topográfica de Vila Nova de Gaia (1813), refere que as vítimas foram mais de quatrocentas. Já Soult reporta que pereceram mais de duas mil pessoas. O cónego Noël-Antoine Apuril du Pontreau, francês radicado em Portugal e testemunha ocular, calcula os mortos em três mil. Com o decorrer dos tempos, o número de vítimas foi aumentando. Reconhecendo que os números eram muito díspares, Luz Soriano indica que os mortos deveria andar entre os quatro e os oito mil. Magalhães Basto admite entre dez e vinte mil e Pinheiro Chagas aponta vinte mil. Ou seja, cinquenta vezes mais do que o número inicial!

Desastre da Ponte das Barcas; gravura de c.1810 [Biblioteca Nacional Digital | Porto Desaparecido]

A esta inflação do número de vítimas não parece ser alheia uma estranha conjugação de interesses. O marechal francês, apostado em impressionar o seu imperador com os avultados danos que havia causado ao inimigo; os historiadores portugueses, a procurar engrandecer a dimensão do sofrimento nacional às mãos do invasor; as entidades religiosas, para quem um grande número de vítimas despertaria uma maior generosidade dos fiéis, expressa em donativos nas caixas das esmolas. Não digo que tenha havido uma intenção deliberada de mentir, mas, a falta de dados fiáveis, abriu a porta a exageros. Como diz o povo, quem conta um conto...

Sobre tudo isto, atende o(a) caro(a) leitor(a) nas palavras de Luís Miguel Duarte:

"As tragédias, sobretudo para quem as vive, não são amigas da precisão e do testemunho equilibrado. Ao ver tanta gente a afogar-se num Douro escuro, ao ouvir os gritos dos encurralados entre as balas portuguesas vindas da Serra do Pilar e os sabres dos cavaleiros franceses, qualquer um de nós falaria em 'milhares de mortos'. Fico-me por duas observações cautelosas a modo de limite: não parece haver dúvidas de que morreu muita gente afogada no Douro, naquele dia 29 de março de 1809, e de que essa morte foi impressionante. Mas é provável – e compreensível – que se tenha exagerado, e que não tenham perecido tantos milhares como se escreveu e se tem repetido."

Na verdade, faltavam dados objetivos, até que, em 1989, Aníbal Barreira empreendeu uma análise sistemática dos livros de óbitos das paróquias do concelho do Porto. Apurou um total de 371 falecidos, registados como tendo perdido as suas vidas na sequência direta da entrada dos franceses na cidade do Porto. Nos registos de óbitos do distrito de Braga, encontrou mais 22 pessoas que terão fugido para o Porto e aqui encontrado a morte pelas mesmas razões. Ou seja, estamos a falar de um número próximo dos quatrocentos mortos. Mas, vítimas diretamente relacionadas com o desastre da ponte das barcas, apenas consegui identificar dezassete pessoas do Porto e mais oito ou nove provenientes do distrito de Braga, refugiadas no Porto. Estamos a falar de um total de 25 ou 26 pessoas que os registos da época comprovam terem perecido na ponte das barcas.

Em 2009, Barreira estendeu esse estudo às instituições que se dedicavam a recolher os afogados do rio – algo que acontecia com relativa frequência – e a proceder ao seu enterramento. Nos livros dessas instituições, não encontrou aumentos significativas ocorridos por ocasião da entrada dos franceses no Porto. Ora, se tivessem morrido dez ou vinte mil pessoas no rio, tal teria necessariamente de se refletir, de forma claríssima, nestes registos.

Em conclusão, podemos dizer que é possível que possa haver falhas pontuais nos registos paroquiais e de outras instituições da época e que os números apurados por Barreira possam pecar por defeito. Mas, porque foram beber a fontes primárias, acredito que os valores apurados estejam muito mais próximos da verdade do que os largos milhares que, ao longo dos tempos, têm sido propalados de forma acrítica.

Para terminar, queria dizer que, ao contrário do que muita gente pensa, a ponte das barcas não desapareceu com os acontecimentos de 29 de março de 1809. Os franceses repararam a ponte prontamente e ela continuou a funcionar  sendo sucessivamente melhorada  durante mais 34 anos, até ser substituída pela chamada ponte pênsil, em 1843.

Hoje, termino por aqui, mas, voltarei às invasões francesas, para abordar a estada de Soult no Porto e tentar compreender as razões que terão levado o marechal a quedar-se pela cidade, em vez de prosseguir para Lisboa, como mandavam as ordens que recebera de Napoleão. Até à próxima!

No seguimento deste artigo, leia: Rei Nicolau ou a tentação de Soult.

Para saber mais:

  • ALVES, D., BARBOSA, H. & PINTO, J.R. (2016). O potencial do turismo militar para a cidade do Porto: O caso da segunda invasão francesa. Percursos & Ideias, vol. 7, pp. 22-34 [disponível online].
  • AZEVEDO, J.A.M. (1813). Descripção topographica de Villa-Nova de Gaya. 3.ª ed., Lisboa: Impressão Régia [disponível online].
  • BARREIRA, A. (1989). A entrada dos franceses no Porto em 1809: Impacto na sociedade. Actas do colóquio A recepção da Revolução Francesa em Portugal e no Brasil, vol. 2., Universidade do Porto, 1992, pp. 61-76 [disponível online].
  • BARREIRA, A. (2009). O desastre da ponte das barcas. OLIVEIRA, V. (coord.). O Porto e as invasões francesas (1809-2009). Porto: Público, vol. 3, pp. 87-107.
  • BASTO, A.M. (1955). A entrada dos franceses no Porto em 1809 e o desastre da ponte de barcas. O Tripeiro, 5.ª série, ano 10, n.º 12 (abril), pp. 353-356.
  • CARDOSO, R. (2011). Invasões francesas - 200 anos: mitos, histórias e protagonistas. Lisboa: INCM – Imprensa Nacional Casa da Moeda [compre ebook online].
  • DUARTE, L.M. (2009). O mistério da ponte das barcas. REAL, M.L. (ed. lit.). O Porto e as Invasões Francesas: Exposição comemorativa do bicentenário das invasões no Porto. Porto: Câmara Municipal do Porto/Arquivo Histórico, pp. 73-82.
  • FERNANDES, P.J., MAGALHÃES, A.M., ALÇADA, I. (2011). As Invasões Francesas e a Corte no Brasil. Alfragide: Editorial Caminho [compre online].
  • NEVES, J.A. (1809). Observações sobre os recentes acontecimentos das provincias d'Entre Douro e Minho, e Tras-os-Montes. Lisboa: Oficina de Simão Tadeu Ferreira [disponível online].
  • SOULT, J.D. (2009). Memórias do marechal Soult sobre a guerra em Espanha e Portugal. Lisboa: Livros Horizonte [compre online].
  • SOUSA, M. (2017). Porto d'honra: Histórias, segredos e curiosidade da Invicta ao longo dos tempos. Lisboa: A Esfera dos Livros [compre online].

Comentários

  1. O número de mortos da cidade, aquando da 2.ª invasão francessa, foi muito elevado, por exemplo, o número de irmãos da Real Irmandade de S. José das Taipas, que morreram a defender a cidade, na área do centro histórico, foram de 68, conforme consta nos registos da própria Irmandade. No que diz respeiro, às vitimas do desatre da ponte das barcas, acredito no número extremamente elevado, a rondar os milhares, nos taburnos existentes na Igreja de S. José das Taipas, encontram-se sepultados a maior parte dos corpos resgatados ao rio dos portuenses que pareceram no desastre, são no total de 90 taburnos com 5 a 6 metros de profundidade, imagine-se a quantinade de corpos aí depositados.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Muito obrigado por acompanhar este blogue e por expressar aqui a sua opinião!

      Eliminar

Enviar um comentário

Artigos mais populares:

Ponte Luís I: história de uma obra única

A fascinante história da expansão da Boavista

A estância balnear da Foz do Douro

Santa Catarina: da Batalha à rua Formosa

Serra do Pilar: mosteiro, morro e aqueduto